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Um pedaço do Japão no Parque Ibirapuera

por Aldo Cruz

São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil, tendo recebido imigrantes de todas as partes do mundo. A população da cidade em 1900 era de cerca de 240 mil habitantes. Portanto, era uma cidade de tamanho muito diferente do que é hoje. Em termos populacionais, era comparável ao que Barueri ou Embu das Artes eram no ano de 2010. Com a expansão da economia cafeeira no Estado, desde a segunda metade do século XIX até a década de 1920, houve um crescimento acelerado da população, que chegou ao seu primeiro milhão de habitantes em 1928.

Desde o final do século XIX, mais de 2 milhões de imigrantes chegaram ao Estado de São Paulo; e, como durante a expansão das lavouras de café faltava mão-de-obra na zona rural paulista, grande parte dessa falta foi suprida por imigrantes, notadamente italianos e japoneses.

A data oficial do começo da imigração japonesa para o Brasil é 18 de junho de 1908, quando o navio Kasato Maru aportou em Santos, trazendo 781 lavradores para as fazendas do interior do Estado. Hoje, a cidade de São Paulo possui o maior número de pessoas que se declaram de origem asiática, sendo que a comunidade de japoneses e de seus descendentes na cidade é a maior fora do Japão. Refletindo a importância do povo japonês para a São Paulo, o Parque Ibirapuera também tem seu recanto nipônico, que oferece algumas atrações: o Pavilhão Japonês e o Memorial dos Imigrantes Japoneses.

Pavilhão Japonês, Parque Ibirapuera. Foto: www.culturajaponesa.com.br

Pavilhão Japonês

Está localizado em uma extremidade do Lago das Garças e é um símbolo da amizade e intercâmbio entre os povos do Brasil e do Japão. A construção é uma réplica do Palácio Katsura, localizado em Quioto, no Japão, e foi um presente da colônia japonesa à cidade de São Paulo, no ano de 1954, quando da inauguração do parque e das comemorações dos 400 anos da cidade. No espaço, está instalada uma mostra permanente em homenagem à cultura japonesa, com vestuário, móveis, objetos de decoração e utilitários tradicionais. No jardim japonês, o visitante pode admirar um conjunto de plantas e árvores ornamentais devidamente identificas, além de um lago habitado por carpas, que, na mitologia japonesa, são símbolos de prosperidade, longevidade e fertilidade.

Entre novembro de 2015 e janeiro de 2016, o Pavilhão passou por uma grande reforma. Para manter suas características originais, além da mão de obra especializada, vinda do Japão, foram utilizadas madeiras de duas espécies de ciprestes nativos daquele pais: o sugi, para a restauração do telhado afetado pela ação de cupins, e o hinoki, nas estruturas das bases dos pilares, que estavam desgastadas pelo clima brasileiro e pelo tempo.

Memorial aos Imigrantes Japoneses

Fica ao lado do Pavilhão Japonês. Trata-se de uma construção em homenagem à memória de todos os imigrantes japoneses falecidos, cuja primeira leva chegou a Santos, no navio Kasato Maru, em 1908. No dia 18 de junho, aniversário da imigração, a comunidade nipônica visita o memorial, onde é celebrada uma cerimônia religiosa, que sempre conta com a presença de autoridades do governo japonês.

Memorial dos Imigrantes Japoneses, Parque Ibirapuera. Foto: Aldo Nascimento Cruz.

Ao lado do memorial está a placa: “Rua do ありがとう”. Essa expressão japonesa significa “arigatô”, ou “obrigado”, em português.

Rua do Arigatô. Foto: Mayumi Yoshikawa (runningkitigai.blogspot.com).

Como visitar o Pavilhão Japonês

Acesso: Portões 7 e 8 – Av. República do Líbano, e Portão 9 Av. Pedro Alvares Cabral
Funcionamento: Quartas, Sábados, Domingos e Feriados
Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h
Ingressos: R$ 10 (inteira) / R$ 5 (meia)
Tel: (11) 5081-7296 e 3208-1755 ramal 124
E-mail: pavilhao@bunkyo.org.br

 

Quer saber mais sobre o Pavilhão Japonês? Clique aqui: http://www.bunkyo.org.br/pt-BR/pavilhao-japones

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