“Retratos sem paredes” e “Iconografia paulistana” no Museu Afro

Para celebrar os 459 anos de São Paulo, em 25 de janeiro, o Museu Afro Brasil abre duas exposições com obras recém-doadas à instituição pelo escultor Emanoel Araujo. A mostra “Retratos sem paredes” reúne cerca de 60 retratos de negros, além de fotografias de Militão Augusto de Azevedo (1837-1905), que já integram o acervo. “Esses quadros chegaram até os tempos atuais sem se saber quem são os personagens. Na exposição, uma exceção é o retrato de Theodoro Sampaio, feito por Presciliano Silva. Quase sempre são crianças e idosos e não são alusivos a personalidades. Com o tempo, ficaram fora de lugar”, conta o diretor-curador Emanoel Araujo.

As obras doadas ao Museu Afro Brasil são de pintores como Aldo Bonadei, Antônio Bandeira, Antonio Gomide, Benedito José Tobias, Celso Antônio, Eugênio Latour, Joaquim Tenreiro, Manoel Santiago, Oscar Pereira da Silva, Pedro Bruno, Pietro Campofiorito, Presciliano Silva, Quirino Campofiorito e Raphael Galvez, entre outros, todos eles expostos em “Retratos sem paredes”.

Por sua vez, “Iconografia paulistana” homenageia São Paulo por meio de gravuras, fotografias, cartazes, documentos, brinquedos, objetos e fragmentos da memória paulistana, que formam um painel da trajetória da cidade.

Araujo considera como iconografia “tudo que foi produzido em São Paulo na indústria e na papelaria: os postais, os objetos gerados por empresas de laticínios, os artefatos e os cartazes da campanha de Júlio Prestes e da Revolução Constitucionalista de 32, etc., produzidos de uma forma ampla, sobretudo nas décadas de 30, 40 e 50. É uma espécie de arqueologia urbana”.

Abertura: 25 de janeiro, às 12h – em cartaz até 2 de junho/13

Entrada gratuita